sábado, 19 de outubro de 2013

Resenha: Mara Dyer #1 - The Unbecoming of Mara Dyer

de Michelle Hodkin

Cinco milênios depois de terminar de ler, eu faço uma resenha.
A série Mara Dyer é como um terror psicológico leve (eu achei leve), com o primeiro livro da trilogia sendo The Unbecoming of Mara Dyer (A Desconstrução de Mara Dyer, no Brasil). Mara e seus amigos estavam em um hospício abandonado, à noite (burrice, idiotice, coisa de adolescente americano), quando o lugar desabou, e ela foi a única sobrevivente, mas ela não tem lembrança nenhuma de como ou por quê o acidente aconteceu. Após ter se recuperado, Mara e sua família se mudam, pois Mara não pode mais suportar viver e estudar no mesmo lugar com a constante memória dos amigos a atormentando.
Ela passou por um grande trauma, e isso traz consequências. Mara começa a ter alucinações durante o livro, e a autora te leva para tão dentro da estória que você, assim como Mara, não sabe o que é real.
Mara não é uma narradora confiável. Ela vê algo e você pensa que é verdade, e logo depois pensa que é mentira, só para voltar a acreditar que tudo era verdade de novo. Ela te confunde. O livro é como estar enlouquecendo, você mesmo.
Em vários momentos eu me peguei pensando: "mas será que isso aconteceu mesmo?" E muitas vezes me surpreendi com a resposta.
Além disso, temos o enredo do livro em si, que fala sobre a adaptação de Mara à uma nova escola, com novos amigos, novos inimigos, e um novo namorado em potencial, é claro. Noah é um garoto cheio de si que rapidamente nota a presença de Mara e começa a segui-la pela escola, o que eu a princípio não gostei, mas seu interesse súbito nela foi, felizmente, explicado.
Eu gostei muito de Mara e Noah. Não liguei muito para a relação entre eles (espero que isso mude nos próximos livros) mas liguei para Mara e Noah separadamente. Você aprende a gostar deles, mesmo que as vezes suas personalidades sejam difíceis.
A família de Mara foi uma das ótimas partes do livro. Nós conhecemos bem seus pais, e até o trabalho deles, e também conhecemos seus dois irmãos (os dois melhores personagens do livro, eu diria).
A escrita de Michelle é simples e boa. Ela flui de uma forma fácil e o mistério do livro te prende por si só. Eu meio que estava esperando que a narrativa fosse no presente (como todos os outros malditos livros hoje em dia), mas não é.
Com certeza lerei os outros, e não só por que odeio deixar uma série inacabada. Mal posso esperar para que os mistérios (que são muitos) se resolvam. Realmente, essa série parece ser muito interessante.

Beijos, etc.

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