sexta-feira, 29 de junho de 2012

Resenha: Looking for Alaska

de John Green

Apesar de apenas ter lido dois livros do John Green, contando com este, em toda a minha vida, a sua escrita me agrada muito. A coisas fluem como devem, e mesmo quando suas personagens principais estão discutindo com seu próprio subconsciente sobre suas vidas, o livro não é cansativo. John tem uma forma de fazer com que todas as suas personagens pareçam muito profundas, e nos faz simpatizar com elas mesmo antes de saber suas histórias.
O livro começa leve: apenas adolescentes fazendo o que adolescentes fazem, e assim continua por mais da metade das páginas. Após essa parte, o "before", como Pudge conta, algo acontece, e após isso nós sentimos as personagems mudarem, cada uma reagindo de uma forma diferente. Todas essas mudanças vão se tornando menos óbvias à medida em que eles se acostumam com o que aconteceu, mas ainda estão lá. Sutis.
Apesar desse acontecimento ser o clímax do livro, não é, nem de longe, a parte que eu considerei mais importante. O livro tomado como um todo, com seu enredo, não é o que mais nos chama atenção ou nos faz gostar dele (pelo menos para mim). Pela minha pequena experiência em livros do John Green, as pequenas passagens, falas e pensamentos que ele joga pelo livro (que tornam suas personagens tão intensas) são o que valem a pena. Frases aparentemente insignificantes, mas que fizeram alguma coisa em mim se manifestar, como a frase de Alaska:
"Y'all smoke to enjoy it. I smoke to die."
ou
"if people were rain, I was drizzle and she was a hurricane."
ou a frase do Colonel (meu personagem favorito do livro, diga-se de passagem) :
 "Don't worry. God will punish the wicked. And before He does, we will."
Mais uma vez, como acontece em 80% dos livros que leio no computador, me encontrei desejando que o tivesse em mãos apenas para sublinhar tais falas.

O livro perdeu pontos comigo pela quantidade de cigarros que os personagems fumam ao longo dele, e pela facilidade com que o personagem principal se entrega a esse hábito. E sim, eu sei que adolescentes fazem isso o tempo todo. Ainda assim, toda vez que alguém acendia um cigarro, minha boca se retorcia.

Adotando uma visão completamente objetiva, sem comparar esse livro a outros livros que li, como sempre tento fazer, ainda assim não consegui fugir da comparação com um outro livro do autor, The Fault In Our Stars. Os dois são bons, mas TFIOS se tornou especial para mim, de alguma forma. E se nem a TFIOS dei 5 estrelas, certamente não as darei para LFA.
Eu diria que LFA é um 3.7, mas como tal nota não existe no nosso querido e amado skoob, dou 4.

Beijos, etc.

Nenhum comentário:

Postar um comentário