quarta-feira, 27 de junho de 2012

Resenha: Orgulho e Preconceito

de Jane Austen

Como primeira postagem nesse blog, que a princípio será um blog de resenhas (não são bem resenhas, serão mais como opiniões, e mais para mim mesma do que para qualquer outra pessoa, admito), vou dar a minha opinião sobre esse livro tão adorado por tantos. Fresquinha, pois acabei de lê-lo.

Devo confessar que é no mínimo desagradável quando se lê um livro do qual tantos falam tão bem e não se impressionar tanto assim.
Não estou de forma alguma dizendo que o livro é ruim. Não é. A estória é bem elaborada, a leitura é rápida e os personagens são interessantes. Os diálogos são, em sua maioria, intensos. Mas ainda assim eu sinto que falta alguma coisa.
Não posso deixar de comparar a forma como o romance do livro se dá com os livros de hoje em dia.
Eu sei... Eu sei que é errado. Eu sei que as relações da época não se davam como as relações se dão agora. Mas não posso ser culpada simplesmente pela minha falta de objetividade, se cresci e vivo nessa sociedade.
Eu senti falta do romance propriamente dito, e pelo que todos dizem sobre Mr. Darcy e Elizabeth, fui ao livro esperando tanto ardor que acabei me decepcionando.
Não sabia nada da estória. Nunca tinha visto o filme, e sempre que alguém (minha mãe) me chamava pra ver, eu dizia a mesma coisa: Não! Ainda vou ler o livro algum dia, e só então vou ver o filme.
Minha intenção era ler esse livro bem antes. Meu primeiro histórico de leitura dele no Skoob data de 2009. Pois é. Mas não me arrependo de ter esperado.
Apesar da falta de descrição de cenas extremamente românticas (e com isso eu quero dizer, sim, beijos), com as quais inevitavelmente acabamos nos acostumando (e sentindo falta), o livro é muito bom. Muitas frases que, enquanto lia, tive vontade de ter o livro físico só para poder sublinhar. E não me vem com "ESCREVER NO LIVRO???? SUA LOUCA" não. Não escrevo nos meus livros, apenas sublinho (a lápis!) o que acho digno.
E apesar de ter gostado muito de Mr. Darcy, minha personagem favorita é Mary Bennet.
É! Mary Bennet. Lembra dela? Uma garota tão introvertida que chega a ser anti-social? Uma garota que está tão completamente imersa em seus livros o tempo inteiro que não dá a mínima atenção para toda a confusão de casamentos, bailes e jantares a sua volta?
Eu gostaria de conhecer Mary Bennet. A acho uma personagem muito interessante (e de certa forma, tão parecida comigo...).
Aprecio o fato de que Jane Austen consiga criar uma personagem que me cative em tão poucas linhas. Sim, pois ela quase não é mencionada, e na maioria das vezes que fala ninguém a responde.
Deve ser extremamente solitário ser Mary Bennet. Com duas irmãs e uma mãe extremamente fúteis de um lado, e duas irmãs ocupadas demais em resolver seus problemas com homens do outro.
Ganha pontos por isso, Jane, mas não o suficiente para adquirir de mim mais uma estrela. Dou 3.

Beijos, etc.

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