domingo, 9 de março de 2014

Resenha: O Circo Mecânico Tresaulti

de Genevieve Valentine

Não sei como classifica esse livro. Pós-apocaliptico? Distopia? Steampunk? Tudo junto? Não sei. Só sei que se passa no futuro, que aconteceram algumas guerras bem feias, que o governo de ano em ano muda, que ninguém vive bem, e que ninguém é confiável.
Eu pedi esse livro de aniversário por dois motivos. O primeiro foi o trabalho da editora. Uma capa linda assim? Um cara de asas? Um livro com ilustrações? EU QUERO.
O segundo foi o fato do livro falar sobre um circo (e MECÂNICO, ainda por cima). No início de 2013 eu li O Circo da Noite, e eu simplesmente me apaixonei pelo livro. Pensei então que talvez eu gostasse de livros de circo, e resolvi ler mais. Esse foi o primeiro que apareceu (depois de Água para Elefantes, que está na lista).
Eu não sabia sobre o que o livro era quando ganhei, só sabia alguns detalhes, mas agora posso dizer: o livro é sobre os trabalhos mecânicos de Boss, e pricipalmente sobre as asas mecânicas. As asas, feitas por Boss (a mecânica e chefe do circo), são uma obra de arte que várias pessoas que trabalham no circo almejam ter. O problema, no entanto, é que Boss não quer dá-las para ninguém ainda. O fim da pessoa que era dona das asas antes foi um fim ruim, e Boss precisa ter certeza de quê a pessoa para quem ela der as asas agora será uma pessoa que vai aguentar o peso delas e do que elas significam.
O que tudo isso quer dizer fica mais claro durante o livro. Isso foi uma das coisas de quê gostei: as coisas vão sendo reveladas aos poucos. As vezes algo revelado me fazia parar de ler e ter que pensar sobre as implicações daquilo por um tempo, e as vezes eu tinha que voltar e reler alguns pedaços pra entender direito o que aquilo estava explicando.
A escrita é muito boa. O livro não é escrito de forma linear, o que eu gosto, e a autora misture narração em primeira e terceira pessoa, e narração no presente e no passado. No início, isso confunde muito, mas logo você se acostuma. Eu acho que o livro teria sido muito mais bonito de se ler na língua original, mas a tradução tambem foi muito bem feita. A descrição dos cenários e dos personagens, também, era muito criativa, e eu não ficava confusa sobre o que estava ela estava descrevendo.
No início o número de personagens me deixou um pouco confusa, mas logo consegui acompanhar. O livro nem tem tanta gente assim, é só que as vezes um capítulo falava de um personagem que não estava mais no circo nos dias atuais, então ficava um pouco complicado, mas dá pra se acostumar.
O livro é mais ou menos dividido em duas partes. A primeira metade, que é a introdução do mundo, dos personagens e do circo, e a segunda metade, que é a estória em si. Eu li a primeira metade desse livro voando, porque achei tudo muito interessante. Algumas coisas (como os ossos das trapezistas, o que foi feito com Panadrome, etc.) eram bem perturbadoras, e isso só fazia do livro ainda melhor. O meu problema foi com a segunda metade do livro. Por algum motivo, eu gostei mais da introdução do que da estória que a autora estava realmente contando ali. Demorei um bom tempo pra terminar de ler porque eu lia 10 páginas e empacava, mais 10 páginas e empacava de novo. E olha que o livro é curto.
Não é um livro que vá algum dia se tornar meu favorito, não é um livro 5 estrelas, mas eu com certeza gostei bastante e não me arrependo de ter lido.

Beijos, etc.

Um comentário:

  1. Oi Ana, tudo bem? Vi você falando do seu blog la no skoob e vim dar uma olhadinha, parabéns pelo blog, super organizado e ja estou seguindo! Eu tbm tenho um blog onde disponibilizo livros para download, se gostar segue e se interessar por trocar indicação é so avisar! Bjos!

    http://paraisodasleitoras.blogspot.com/

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